Teve início nesta segunda-feira (18), o curso de Relações de Gênero e Diversidade Sexual, realizado pela Academia de Polícia Civil do Mato Grosso Do Sul (Acadepol), com conteúdo elaborado em parceria com a Subsecretaria de Estado de Políticas Públicas LGBT+. O curso tem como objetivo ampliar e fortalecer a educação continuada para os operadores da segurança pública, e é destinado aos servidores que atuam como investigadores de polícia judiciária.
“Nós como policiais civis diuturnamente estamos fazendo o atendimento e a capacitação do servidor melhora o atendimento na base. Hoje nós estamos mudando paradigmas dentro da polícia, pois iniciar uma capacitação com um tema tão importante como esse, nos deixa muito feliz e nos deixa muito satisfeitos, e a ideia é que esses cursos sejam feitos mais frequentemente até todo o efetivo da polícia ter essa capacitação. Então diante do que nós estamos vendo de evolução em relação ao atendimento, ao tratamento com as pessoas LGBT+, nós imaginamos que a polícia civil vai de encontro com aquilo que é o desejo da sociedade e desse público tão especial que necessita de um atendimento mais humanizado”, explica o diretor da Acadepol, Delegado Roberto Gurgel de Oliveira Filho.
Desde 2007 o Governo do Estado inseriu a disciplina de Relações de Gênero no conteúdo curricular dos cursos de formação de policiais civis, militares, bombeiros militares e delegados no âmbito de Mato Grosso do Sul, acrescentando a disciplina de combate à LGBTfobia. E de acordo com o Subsecretário de Estado de Políticas Públicas LGBT+, Leonardo Bastos, é necessário a discussão da temática com os agentes de segurança.
“Essa é uma ação dentre as que o Governo do Estado tem realizado, a Subsecretaria em parceria com a Sejusp, para que a gente possa ter dentro das forças da segurança pública, políticas públicas adequadas para o cumprimento da criminalização da LGBTfobia. Tendo em vista que a LGBTfobia é crime no nosso país há cerca de dois anos. E sabemos que unindo esforços vamos conseguir entregar para a população LGBT+ serviços mais acolhedores, porque nosso desafio é disseminar a informação sobre a existência de uma legislação e incentivar a denúncia, para que esse tipo de crime não passe impune na sociedade.”